O
governo brasileiro está carreando grandes recursos para dar apoio à ditadura
cubana sustentada com mão de ferro pelos irmãos Castro. O governo alega que é
em nome da “amizade” com a ilha do Caribe.
Depois
de participar do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e fazer uma escala
técnica milionária em Portugal, a presidente brasileira e sua comitiva viajaram
para Cuba. No discurso de inauguração da primeira etapa do Porto de Mariel, a
45 quilômetros de Havana, a presidente brasileira classificou como injusto o
bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba, desde os anos 60, e
justificou o aporte de 682 milhões de dólares feito pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e ainda a liberação futura de mais
290 milhões de dólares para a conclusão do moderníssimo terminal portuário de
Cuba – o terceiro maior da América Latina.
É
inacreditável. O governo brasileiro faz aportes de grande monta na ajuda a
países como Cuba e também na África, a maioria ostentando algo que já acabou no
mundo capitalista moderno: as ditaduras. A Dilma justifica que a razão é a
amizade – que só pode ser dela e dos seus partidários. Obviamente, trata-se de
uma amizade de cor ideológica, que demonstra ser o Brasil o grande fiador de
uma sonhadora revolução socialista na América Latina.
Deve-se
considerar que o dinheiro que o governo investe neste grande projeto ideológico
pertence ao povo brasileiro. O Congresso Nacional deveria fiscalizar e impedir
essa sangria do Erário – que jorra ainda mais na construção dos bilhardários
estádios de futebol. Mas, a oposição é quase nula. O maior partido, o PMDB, é
da base aliada. Não se dispõe a ocupar o poder. Prefere estar no poder. À
frente, a dupla dinâmica que há muito tempo envergonha os cidadãos de bem:
Sarney e Renan. O resto é vaca de presépio.
Ninguém
se dispõe a debater grandes temas, como a política macroeconômica e os gargalos
da infra-estrutura. A inflação está de volta, o crescimento é quase zero e a
possibilidade do Brasil se lançar na linha de frente com a recuperação da
economia mundial é nula. Ao invés de ostentar competitividade nos mercados
internacionais, o país ostenta um “custo” Brasil que inviabiliza as exportações
brasileiras.
No
Brasil, a oposição ao governo no âmbito do parlamento é quase nenhuma. Os
grandes temas de política macroeconômica fazem parte secundária e marginal na
ação política dos partidos de oposição. As críticas que os oposicionistas não
fazem podem ser lidas nas falas e nos relatórios dos analistas internacionais e
de importantes publicações estrangeiras, que têm apontado equívocos cometidos
pelo governo brasileiro.
Organismos
internacionais alertam para essa situação crítica e atípica da política externa
brasileira. A revista The Economist alerta que essa questão pode fazer o Brasil
a dar passos atrás em relação ao crescimento econômico e ao desenvolvimento
social. As economias dos países emergentes estão sendo colocada à prova, como é
o caso do Brasil. De acordo com os analistas da imprensa nacional, há
desconfiança dos investidores.
O
país precisa realizar com urgência as reformas de base e solucionar o “custo
Brasil” antes de pensar na amizade de cor ideológica com outros países.