sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O dinheiro é do povo

O governo brasileiro está carreando grandes recursos para dar apoio à ditadura cubana sustentada com mão de ferro pelos irmãos Castro. O governo alega que é em nome da “amizade” com a ilha do Caribe.

Depois de participar do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e fazer uma escala técnica milionária em Portugal, a presidente brasileira e sua comitiva viajaram para Cuba. No discurso de inauguração da primeira etapa do Porto de Mariel, a 45 quilômetros de Havana, a presidente brasileira classificou como injusto o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba, desde os anos 60, e justificou o aporte de 682 milhões de dólares feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e ainda a liberação futura de mais 290 milhões de dólares para a conclusão do moderníssimo terminal portuário de Cuba – o terceiro maior da América Latina.

É inacreditável. O governo brasileiro faz aportes de grande monta na ajuda a países como Cuba e também na África, a maioria ostentando algo que já acabou no mundo capitalista moderno: as ditaduras. A Dilma justifica que a razão é a amizade – que só pode ser dela e dos seus partidários. Obviamente, trata-se de uma amizade de cor ideológica, que demonstra ser o Brasil o grande fiador de uma sonhadora revolução socialista na América Latina.

Deve-se considerar que o dinheiro que o governo investe neste grande projeto ideológico pertence ao povo brasileiro. O Congresso Nacional deveria fiscalizar e impedir essa sangria do Erário – que jorra ainda mais na construção dos bilhardários estádios de futebol. Mas, a oposição é quase nula. O maior partido, o PMDB, é da base aliada. Não se dispõe a ocupar o poder. Prefere estar no poder. À frente, a dupla dinâmica que há muito tempo envergonha os cidadãos de bem: Sarney e Renan. O resto é vaca de presépio.

Ninguém se dispõe a debater grandes temas, como a política macroeconômica e os gargalos da infra-estrutura. A inflação está de volta, o crescimento é quase zero e a possibilidade do Brasil se lançar na linha de frente com a recuperação da economia mundial é nula. Ao invés de ostentar competitividade nos mercados internacionais, o país ostenta um “custo” Brasil que inviabiliza as exportações brasileiras.

No Brasil, a oposição ao governo no âmbito do parlamento é quase nenhuma. Os grandes temas de política macroeconômica fazem parte secundária e marginal na ação política dos partidos de oposição. As críticas que os oposicionistas não fazem podem ser lidas nas falas e nos relatórios dos analistas internacionais e de importantes publicações estrangeiras, que têm apontado equívocos cometidos pelo governo brasileiro.

Organismos internacionais alertam para essa situação crítica e atípica da política externa brasileira. A revista The Economist alerta que essa questão pode fazer o Brasil a dar passos atrás em relação ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social. As economias dos países emergentes estão sendo colocada à prova, como é o caso do Brasil. De acordo com os analistas da imprensa nacional, há desconfiança dos investidores.

O país precisa realizar com urgência as reformas de base e solucionar o “custo Brasil” antes de pensar na amizade de cor ideológica com outros países. 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Tapa na cara

A conquista de um patamar de avanço, ou para o Brasil entrar de maneira concreta na era da modernidade, precisa formar uma consciência definitiva sobre ética e moralidade. Não adianta desenvolver seus meios de produção e apresentar ao mundo uma potencialidade extraordinária em razão dos seus amplos recursos humanos e materiais, se não se recuperar de um status de baixa credibilidade no âmbito mundial.

O cenário de corrupção e de abusos da (res publica) coisa pública, o assalto permanente ao Erário, que é o dinheiro do povo, condena a sociedade brasileira a um status de subdesenvolvimento.

Não é possível suportar esse estado de desmandos e abusos, principalmente quando parte de um representante do povo que tem um mandato concedido pelo povo e exerce uma função de altíssima relevância no contexto político-institucional do país.

Causou asco e náuseas, a notícia de que o presidente da Câmara Alta do Parlamento nacional, o Senado Federal, senador alagoano Renan Calheiros, do PMDB, teve a petulância de requisitar um jato da gloriosa Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar de Brasília para uma capital nordestina com a finalidade de fazer um implante de cabelos. Os brasileiros receberam um sonoro (mais um) tapa na cara deste homem público pernicioso, uma praga moral sustentado no poder com o voto de cabresto de seu curral eleitoral e mantido na chefia de um dos três poderes pela vontade do seu famigerado padrinho político José Sarney e o apoio da maioria dos seus pares no Senado Federal. Depois de ter renunciado para não ser cassado do mesmo cargo na legislatura anterior, esse mau caráter retorna para continuar se comportando como um crápula, um indecente que deveria estar na cadeia. Com a mesma cara de pau, ele ocupou a cadeia nacional de rádio e TV para fazer demagogia apresentando uma prestação de contas da sua administração no senado Federal, como se fosse um zeloso gestor das contas públicas. Em seguida, mandou dizer que iria pagar os custos da sua viagem utilizando o avião da frota da FAB, como se fosse tudo tão simples, corriqueiro, algo normal.

Os setores ativos e conscientes da sociedade, os líderes dos vários setores empresariais e sociais, terão de tomar uma atitude de confronto contra esse estado vergonhoso, esse caos que assola as instituições.

Cabe, também, às autoridades do Ministério da Aeronáutica não permitir que esse político descarado volte a submeter o povo brasileiro a um novo vexame impedindo seu embarque em avião da FAB para fins particulares. Esse estado de coisas tem de ser contido a qualquer custo.

As instituições do país são sagradas e não pertencem a este ou aquele político, porque são patrimônio do povo brasileiro.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O fim de uma era

Todos os anos nesta época de Ano Novo as pessoas param para refletir sobre suas ações de trabalho e sociais e procuram estabelecer diretrizes para seguir adiante no ano seguinte.

Neste ano não poderia ser diferente, mas há algo diferente no ar.

O ano de 2013 foi marcado por acontecimentos extraordinários.

Um deles, sem dúvida, o advento de um líder religioso com a marca do humanismo, o Papa Francisco.

Para quem é futebolista, ele é um rival. O cardeal Bergólio é argentino e torcedor do Boca Júnior.

O papa Francisco, porém, é um líder da nova era, um religioso que traz na bagagem toda a cultura sacerdotal dos jesuítas. Ele não se deixa envolver pelos apelos do mercantilismo e não faz concessões que destoem da sua marca pastoral. É um homem de hábitos simples, desde seus aposentos no Vaticano, no mesmo ambiente de simplicidade dos padres. Deixou de lado a ostentação e as honrarias inerentes ao cargo de Pontífice da Igreja Católica. Ele é simplesmente um pastor de rebanhos ávidos pelo conhecimento dos valores expressados por Jesus Cristo; que se resumem na fraternidade e na solidariedade.

Ao adotar o nome de Francisco, o cardeal Bergólio deixou patente seu pensamento humanista. Ele é um Francisco que representa todos os Franciscos santificados: São Francisco de Assis, dedicado intenamente aos pobres, aos animais e à natureza; São Francisco de Sale, um mestre da Educação com seus sistemas de ensino fundamentados no amor, que hoje abrangem boa parte das melhores escolas do planeta; e São Francisco de Paula, um homem muito simples dedicado à humildade, aos idosos, principalmente.

O papa Francisco é, portanto, a maior referência no campo das personalidades que marcaram este atípico ano de 2013.

Ele sinaliza um novo tempo, uma nova era.

Sob a inspiração dos Franciscos, nosso desejo de um feliz Ano Novo aos nossos leitores.