Em momentos como este, de crescimento das
reações aos mandos autoritários e desmandos da autoridade governamental, é
normal que os ânimos se acirrem, como acontece quando o orgulho nacional, a
Petrobras, é colocada no pelourinho para ser julgada por
graves erros que a levaram praticamente à insolvência.
Em momentos como este, porém, é necessário
que se façam as coisas certas; que se mantenha a calma e o bom senso.
Não é possível e recomendável que se coloque
tudo no ventilador; que se troque a emoção pela razão.
É preciso lembrar que o Brasil (ainda) é uma
nação democrática, de comportamento liberal do seu povo.
É este o maior de todos os fundamentos: a
democracia.
Quando esse pressuposto da civilização moderna
está em perigo, aí sim é necessário radicalizar. Há quem afirme que isto já
está ocorrendo.
Mas, é bom rememorar que os nossos
governantes fizeram o sagrado juramento de defender a nossa Constituição – que
consagra a democracia como princípio básico para a conquista da cidadania.
Sem o respeito pela democracia, não é
possível se fazer justiça nas urnas.
É lá que reside a possibilidade de mudança,
de transformação do status quo político-institucional que faz do Congresso
Nacional um mero instrumento dos interesses menores, quando deveria ser a
verdadeira casa do povo.
Se não é possível se organizar rapidamente
para mudar essa situação, não haverá solução de curto prazo para o destino
funesto da nação.
Para vencer esse desafio, é preciso combater
os elementos que nos entravam, pessoalmente, em cada um de nós.
É necessário falar, falar e falar. É preciso
comentar em todos os lugares, em todos os momentos sobre a necessidade de uma
reação pela via das urnas contra os mandos autoritários e desmandos que nos
agridem dia e noite.
É preciso retirar da letargia e do comodismo
as pessoas de bem, porque só elas terão moral suficiente para enfrentar as
imoralidades que se amontoam como lixo à beira do caminho.
Só as pessoas de bem terão condições de fazer
prosperar o bem.
Não é possível que pessoas de bem também se
deixem levar pela demagogia eleitoreira que já começou com os programas e
programetes dos partidos políticos no rádio e na televisão.
É obrigação de todos os formadores de
opinião, das lideranças, alertar os menos politizados ou desavisados para
formar uma verdadeira consciência do bem. Isto se chama ação positiva.
Afinal, o Brasil não é uma Venezuela.