A vida sempre nos dá, pelo menos, duas
opções.
Agora imagine admirar um riacho lindo sem
poluição, correndo despreocupadamente entre tantos seixos, folhagens e matas;
poder inspirar e expirar profundamente o ar que dá vida à todo este cenário
ambiental, se extasiar diante daquela planta saudável, hoje pequena, amanhã em
flores, permitindo que o beija-flor, a abelha transformem seu néctar em
alimento.
Consegue
imaginar?
Ou o que você imagina é ver o riacho poluído,
mortalmente fétido, levando a destruição e mau estar no seu lento deslocamento.
Aquela mesma planta saudável, seca, corroída pelos parasitas, queimada pelo
sol, sem forças para recuperar sua condição de planta. TUDO MORTO!
Você já imaginou?
Pois é, não só imaginamos como sonhamos com a
primeira opção. Sonhamos com filhos, netos, esposas e esposos saudáveis, SÁBIOS,
hábeis, vitoriosos de todas as vicissitudes da vida, hoje preparados com toda a
meritocracia da dedicação, do respeito, do amor próprio que certamente e positivamente
reflete no próximo.
Felizmente muitos pais, sogros e avós, como
eu, tem o privilégio que considero dádiva divina: ser premiado com tantos
méritos e coroado com netos lindos, inteligentes, amáveis. Frutos saudáveis.
Um pedacinho do Céu...
Pedimos tão pouco... se for preciso até, um
apelo prostrado para aquele filho, nora que superem o vício do tabagismo.
No último dia 31 de maio foi o Dia Mundial Sem Tabaco, esse mal
secular que, como erva daninha, poluição de morte, leva à separação mortal, com
sofrimentos terríveis que deixa sequelas do inconformismo para quem fica:
filhos, pais, amigos...
Pedimos tão pouco... vamos viver esse
pedacinho do paraíso juntos!
Lembro-me com tristeza que há uma semana
perdi um amigo, um grande amigo! Um profissional da mais alta qualidade que
soube amar, considerar e respeitar o ser humano como um bem maior. Porém, por
um longo período da vida lhe faltou um pouquinho de amor próprio, pois foi
fumante por décadas e mesmo abandonando o vício há 12 anos, já era tarde demais!
A tortura e o mal causado por tantos anos de tabagismo foram implacáveis e após
muito sofrimento e em um curto período de tempo, infelizmente ele partiu.
Creio que o que estou pedindo é tão pouco...
A realidade nua e crua deveria ser mostrada
abertamente, com pessoas em leitos hospitalares doentes por causa do fumo, em
fase terminal. Deveriam mostrar cenas reais da tristeza de quem fica, do vazio
imenso causado por um mal que pode ser evitado.
A vida sempre nos dá, pelo menos, duas
opções. No caso do tabagismo, as opções são tão somente sofrimento e dor.
Conseguem imaginar?
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