quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ética não é perfumaria

De acordo com os dicionários, Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.

Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão.

Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.

No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.

O preâmbulo destaca uma questão versada em duas – ética e moral – que fundamenta o comportamento humano vivendo em sociedade.

É pertinente à realidade do povo brasileiro, neste momento tentando compreender as razões que levaram a um estado de baixa qualidade nas relações éticas e morais – em todos os níveis sociais e profissionais, em particular nas esferas do poder público.

Nunca antes na história contemporânea do país se viveu um estrangulamento desses valores que fundamentam a sociedade brasileira.

Ética virou perfumaria.

É tratada como se fosse algo sem importância. Pessoas éticas chegam a ser motivo de chacota, como se ainda estivessem vivendo nos tempos mais antigos.

Diante deste novo cenário cultural, opta-se pelas coisas fáceis, a saída pela tangente, o modo mais esperto de lidar com uma questão que exige inteligência e sabedoria.

Preconiza-se, portanto, o uso da esperteza, a substituição da inteligência por essa facilidade. Descarta-se o esforço intelectual.

Isto é, também, o princípio de ideologias políticas, como o fascismo.

É mais fácil eliminar um problema do que solucioná-lo.

Mas, quando simplesmente se elimina um problema nada se aprende.

O aprendizado só acontece com o esforço intelectual para resolver um problema.

Hoje, dá-se mais importância a um emprego público – na maioria das vezes para fazer de conta – do que ter o trabalho de estudar e obter o devido conhecimento em áreas que realmente fazem o desenvolvimento do país e, de maneira muito real, áreas que levam as pessoas a um estado de satisfação pessoal fantástico, pela realização pessoal e profissional.

É importante que os pais se conscientizem dessa diferença e os educadores que orientem seus alunos para os caminhos de uma vida sadia e produtiva.

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