quarta-feira, 23 de abril de 2014

O renascimento, a redenção

Talvez, em nenhum tempo da história moderna do Brasil, o espírito cristão da Páscoa tenha sido tão emblemático do espírito de renascimento, após a vitória da vida do Redentor, que renasceu liberto dos males terrenos.

A Páscoa é a maior festa da Cristandade.

É o momento de júbilo, de uma euforia espiritual sem limites.

Os corações palpitam com maior energia e na mente as pessoas sentem que o momento é de esperança, de uma renovação em todos os sentidos da vida.

Há várias expressões que expressam muito bem esse sentimento de um novo tempo.

Uma delas - e muito apropriada para a nossa realidade como cidadãos vivendo em um país de intensa vocação democrática, mas aviltado nos seus tangíveis valores da ética e da moralidade – diz o seguinte: “depois da tempestade, a bonança”.

Não há mais espaço para a tolerância.

A sequência de fatos expostos abertamente nos jornais de circulação nacional e nas redes da mídia eletrônica soam como o canto do cisne, a derrocada de uma sociedade liberta, a humilhação de uma nação.

Desde mensaleiros, doleiros, uso e abuso dos recursos do erário (dinheiro do povo) essa derrocada alcança o empreendimento de maior valor histórico na referência de uma nação evoluída – que já foi um dos maiores e mais bem organizados do mundo – orgulho de um povo que desde os anos 50 batia no peito e dizia: “O petróleo é nosso”.

Hoje, a histórica Petrobras é colocada em hasta pública.

Todos os dias frequenta o pelourinho da mídia expondo suas entranhas corroídas, carcomidas pelo cupim da corrupção.

Seus diretores – que deveriam estar prestando seus serviços à gestão corporativa da empresa, ou estão na cadeia ou se esmerando para explicar o inexplicável dos negócios malfeitos (para ser sutil) nas comissões extraordinárias do Congresso Nacional, diante de cidadãos brasileiros perplexos, horrorizados.

O episódio de Passadena não pode ficar na superfície do debate político.

Que todos os envolvidos passem pelo mesmo vexame que vem sofrendo a (ainda) maior empresa pública brasileira.

A desculpa para evitar as comissões de investigação (setorizadas) de que se vive em um ano eleitoral é pífia.  Não se sustenta diante do pressuposto da ética e da moralidade.

A cidadania brasileira sangra, E exige o devido respeito.

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