Talvez, em nenhum tempo da história moderna
do Brasil, o espírito cristão da Páscoa tenha sido tão emblemático do espírito
de renascimento, após a vitória da vida do Redentor, que renasceu liberto dos
males terrenos.
A Páscoa é a maior festa da Cristandade.
É o momento de júbilo, de uma euforia
espiritual sem limites.
Os corações palpitam com maior energia e na
mente as pessoas sentem que o momento é de esperança, de uma renovação em todos
os sentidos da vida.
Há várias expressões que expressam muito bem
esse sentimento de um novo tempo.
Uma delas - e muito apropriada para a nossa
realidade como cidadãos vivendo em um país de intensa vocação democrática, mas
aviltado nos seus tangíveis valores da ética e da moralidade – diz o seguinte:
“depois da tempestade, a bonança”.
Não há mais espaço para a tolerância.
A sequência de fatos expostos abertamente nos
jornais de circulação nacional e nas redes da mídia eletrônica soam como o
canto do cisne, a derrocada de uma sociedade liberta, a humilhação de uma nação.
Desde mensaleiros, doleiros, uso e abuso dos
recursos do erário (dinheiro do povo) essa derrocada alcança o empreendimento
de maior valor histórico na referência de uma nação evoluída – que já foi um
dos maiores e mais bem organizados do mundo – orgulho de um povo que desde os
anos 50 batia no peito e dizia: “O petróleo é nosso”.
Hoje, a histórica Petrobras é colocada em
hasta pública.
Todos os dias frequenta o pelourinho da mídia
expondo suas entranhas corroídas, carcomidas pelo cupim da corrupção.
Seus diretores – que deveriam estar prestando
seus serviços à gestão corporativa da empresa, ou estão na cadeia ou se
esmerando para explicar o inexplicável dos negócios malfeitos (para ser sutil)
nas comissões extraordinárias do Congresso Nacional, diante de cidadãos
brasileiros perplexos, horrorizados.
O episódio de Passadena não pode ficar na
superfície do debate político.
Que todos os envolvidos passem pelo mesmo
vexame que vem sofrendo a (ainda) maior empresa pública brasileira.
A desculpa para evitar as comissões de
investigação (setorizadas) de que se vive em um ano eleitoral é pífia. Não se sustenta diante do pressuposto da
ética e da moralidade.
A cidadania brasileira sangra, E exige o
devido respeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário