quarta-feira, 7 de maio de 2014

O ciclo evolutivo do mercado imobiliário

O mercado imobiliário cumpre função estratégica no desenvolvimento de segmentos importantes da economia. Essa característica altera o perfil do próprio setor, que rapidamente se ajusta aos avançados métodos de gerenciamento e gestão, adota novos valores de marketing empresarial e, de maneira sistemática, aprimora a capacidade empreendedora dos seus agentes imobiliários.

As melhores empresas do ramo adotam práticas que no passado ainda recente não existiam. Uma delas – e talvez a principal – é o acompanhamento in loco nas atividades da construção civil.

Essa relação direta e mais estreita possibilita ao agente imobiliário um conhecimento mais abrangente do seu produto de venda.

Alguns agentes ponderam que mesmo tendo uma ideia do padrão do imóvel que procura, o cliente necessita de um amplo leque de informações adicionais para formar sua opinião. Assim, ele deve ser contemplado com informações que antes não faziam parte da atividade imobiliária, como o conhecimento sobre valores de arquitetura e designer. Isso demanda ao agente imobiliário participar constantemente de eventos onde sejam mostrados novos valores da construção civil, nas áreas de infraestrutura, qualidade e funcionalidade dos materiais utilizados; enfim, tudo que possa ser útil na sua relação com os clientes.

Havia no passado recente, o conceito de que somente a capacidade de retórica do agente imobiliário seria suficiente para realizar uma boa venda.

Hoje, o próprio cliente, via-de-regra, opta por um leque maior de exigências, e ele mesmo busca as informações pertinentes ao produto do seu desejo. O agente imobiliário não pode ser surpreendido e ficar numa posição subalterna. Afinal, numa relação de compra e venda de um imóvel ele deve ser o mestre de cerimônias. É dele a iniciativa de oferecer ao cliente a informação privilegiada sobre a aquisição de um imóvel.

Essa nova realidade vem mudando o perfil do mercado imobiliário na região da grande Curitiba. Associada à melhoria sensível do poder aquisitivo da população, produz um novo status social. Há uma demanda crescente por imóveis de padrão elevado. É um ciclo evolutivo, que transforma rapidamente o perfil de cidades como São José dos Pinhais – onde se concentram grandes montadoras de veículos e suas redes sistemas e de fornecedores. A imprensa especializada destaca com frequência essa nova realidade movida pelo setor de ponta da economia: o automotivo.

Em recente reportagem, o Jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, enfoca este ciclo evolutivo: A vinda de montadoras para São José dos Pinhais, no fim da década de 1990, e as mudanças que vieram dessa industrialização continuam a provocar transformações profundas no município. Só nos últimos nove anos a população de pouco mais de 204 mil habitantes passou para 279,2 mil, segundo estimativas do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, o Ipardes, e demanda por moradia precisa ser suprida.

De 2007 para 2008 o número de alvarás concedidos para novas construções residenciais passou de 1.162 para 1.822, segundo a Secretaria de Urbanismo de São José dos Pinhais. De janeiro a agosto deste ano já somam 524.

O volume de crédito para a compra da casa própria no município supera todo o ano de 2008. “De acordo com a Caixa Econômica Federal, no ano passado foram liberados R$ 41 milhões em recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para 826 contratos e R$ 17 milhões em recursos da poupança para 236 contratos, somando 1.062 contratos para casa própria em São José dos Pinhais, em um total de R$ 55 milhões.”

Este é o melhor retrato deste ciclo evolutivo do mercado imobiliário regional. O crescimento da produção industrial de maneira geral faz sua parte. Impulsiona os demais setores da economia, porque abriga mão-de-obra especializada, valores avançados de gestão e gerenciamento e utiliza avançadas tecnologias.

O mercado agora tem um forte aliado, a rápida industrialização regional e estadual. E o mercado imobiliário uma parceria produtiva com a indústria da construção civil associada aos méritos crescentes nas áreas da engenharia e arquitetura. O futuro é promissor.

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